Hoje estava no metro, uma criança chorava, não estava a ser ouvida. E eu fui incapaz de fazer ou dizer qualquer coisa.
O pequeno de 2/3 anos chorava pela chucha que por algum motivo a mãe não queria dar. Entre nãos e gritos. Ainda levou umas palmadas dadas por ele na cara (ao estilo mão morta mas com toda a força)...
A criança já não chorava, ela berrava... A mãe ficava cada vez mais nervosa com os olhares.
Antes, eu achava que uma palmada na altura certa ensinava muita coisa. Hoje acho que dar palmadas é uma escapatória fácil para quem não quer, não pode ou não consegue dar atenção e tempo, que a criança necessita, para resolver determinado problema ou situação. Já não acredito no poder da palmada mas acredito no poder da palavra, da atenção completamente focada...
Mais do que toda esta situação é a situação de quem está de fora que quase como um pacto trocam olhares mas não se impõem ou sugerem fazer diferente. Um quase "entre filho e mãe não se meta ninguém..."
Ninguém ficaria indiferente se aquela senhora fizesse isso a um idoso ou adulto... Porque será que permitimos isso com alguém indefeso e talvez pouco capaz de dizer: tenho sono, estou cansado, tenho fome, quero a atenção que estás a dar ao teu telemóvel...
É difícil sair do metro e sentir aquele choro desesperado a ecoar em paredes humanas inertes.
Como reagir nestas situações? Como calar a vontade que há em mim de resolver estas situações? Como lutar contra este pensamento que me persegue durante as horas seguintes:
Eu deveria ter feito alguma coisa...
O pequeno de 2/3 anos chorava pela chucha que por algum motivo a mãe não queria dar. Entre nãos e gritos. Ainda levou umas palmadas dadas por ele na cara (ao estilo mão morta mas com toda a força)...
A criança já não chorava, ela berrava... A mãe ficava cada vez mais nervosa com os olhares.
Antes, eu achava que uma palmada na altura certa ensinava muita coisa. Hoje acho que dar palmadas é uma escapatória fácil para quem não quer, não pode ou não consegue dar atenção e tempo, que a criança necessita, para resolver determinado problema ou situação. Já não acredito no poder da palmada mas acredito no poder da palavra, da atenção completamente focada...
Mais do que toda esta situação é a situação de quem está de fora que quase como um pacto trocam olhares mas não se impõem ou sugerem fazer diferente. Um quase "entre filho e mãe não se meta ninguém..."
Ninguém ficaria indiferente se aquela senhora fizesse isso a um idoso ou adulto... Porque será que permitimos isso com alguém indefeso e talvez pouco capaz de dizer: tenho sono, estou cansado, tenho fome, quero a atenção que estás a dar ao teu telemóvel...
É difícil sair do metro e sentir aquele choro desesperado a ecoar em paredes humanas inertes.
Como reagir nestas situações? Como calar a vontade que há em mim de resolver estas situações? Como lutar contra este pensamento que me persegue durante as horas seguintes:
Eu deveria ter feito alguma coisa...