Lisboa, 27 de setembro de 2018
Vocês não sabem o meu nome mas hoje falei convosco. Este dia é lembrança de um dia feliz o sobrinho do coração faz anos e era da sua festa da escola que regressávamos.
Olhámos para o parque e uma grande confusão... Eram vocês, a gritarem, a movimentarem-se a agredirem-se disso tenho a certeza, com palavras, e talvez não tenham chegado a mais porque a minha amiga, justa e importada como poucos, nem chegou a entrar no carro e disse: vem comigo!
A confusão era tanta que só fizeram silêncio com um assobio e depois de tentarmos falar convosco ignoraram-nos.
Cinco contra quinze... a sério? Acham que assim a crescerem uns para os outros iriam resolver alguma coisa?
Sim, decidimos chamar a polícia, se era necessário? Achámos que sim. Não podíamos deixar que este bate boca continuasse porque o vosso discurso era: "Eu apanho-o e parto-lhe a boca. É preciso chamar mais gente?" E por aí fora.
Bem sei que é difícil ser adolescente, que as hormonas nos retiram a sensatez e até que a namorada de um é agora namorada do outro, mas onde é que queriam chegar sem diálogo?
Hoje tive medo do que vi, mas tive ainda mais a certeza que a melhor educação é a do amor e que ali havia muito filho, neto, aluno, irmão mal "amado", mal escutado, mal abraçado...
Aceitem pois o nosso abraço, vocês importam mesmo quando fazem disparates e não conseguem resolver. Vocês podem ser diferentes e fazer diferente.
A adolescência é tramada mas é no respeito que conseguimos sobreviver...