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24/05/2017

Ventania no coração

Cabelos ao vento.
Alma espalhada pelo mundo.
Poeira de existir até à ponta dos cabelos.

Sei que por vezes tenho ideias loucas como tirar fotografias à toa num carro em andamento. Que os cabelos desarrumados ora arrumam as ideias, ora as ideias fazem nós de tanto esvoaçar. Sorrio à vida. Sorrio à minha vida. Na certeza que o caminho se faz caminhando, por caminhos e atalhos, mas nunca parada.
Perco-me no tempo, perco tempo, dilato o tempo. E temo não o aproveitar. Vivi demasiados anos presa à imagem do que achava ser, com medo de cabelo despenteado e medo de errar. Mas uma pessoa muito bonita disse-me recentemente:
"Se está preocupada em ser quem não é, corre o risco de não ser quem é."
E há tanta verdade nestas palavras. Mas qual é a minha verdade?
A Rita escrevia hoje que A vida não é um Quiz, mas eu sinto-a muitas vezes assim. Quando eu tiver as respostas todas aí sim, vou conseguir. Quando eu souber y vou alcançar x. No dia em que eu conseguir fazer qualquer coisa vou descobrir A resposta.
Ainda assim, neste processo de construção vou descobrindo que o mais importante é o processo, é o caminho, é a vida vivida e construída. Não é a vida que crio na cabeça onde falhar está sempre em grande plano e o viver fica escondido com medo de aparecer...
É urgente sacudir os cabelos e, como alguém me diz ao coração, circular e pôr-me a jeito. A vida só acontece a quem não tem medo de aparecer.
Serei capaz?

4 comentários:

  1. Sempre desprezei a frase "love the proccess" é tão chato aprender com o processo de descobrir respostas e depois errar. É tão chato ter momentos de incerteza que nos deixam com medo de tudo. É tão chato "adorar" o processo e saber que a jornada é muito mais importante do que o ponto de chegada. Cabe-nos a nos todos os dias mudar o chip 😉

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    1. É mesmo isso, um trabalho diário e consistente! Obrigada pelas tuas palavras. Um grande beijinho*

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  2. tenho aprendido tanto sobre isto de "deixar isto e não pensar com tanto calculismo nas coisas". sempre tive muito medo de arriscar acho que talvez porque nunca gostei de me destacar em nada muito por fruto das minhas inseguranças físicas, mas hoje em dia que tenho aprendido que não há mal nenhum em sermos bons em algo e usarmos isso para podermos fazer a diferença ando a aprender a saborear mais o que a vida me dá no momento e a não pensar tanto no que vai acontecer lá mais para a frente. Gosto de fazer planos sim, mas hoje em dia tenho conseguido desfrutar-me mais talvez porque vivi muitos anos sem saber o que era isso :)

    beijinhos grandes
    Vânia
    Lolly Taste

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    1. Querida Vânia, és uma inspiração, precisamente por isso por te saberes desfrutar em plenitude. Eu calculo formas de não falhar nem errar que acabo por não viver...

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